Livros e Autores

Nasceu nas Caldas da Raínha no dia 28 de Abril de 1854. Desde cedo foi evidente o seu talento para as artes. Aos 12 anos ingressou na Escola de Belas-artes, onde sempre se mostrou aluno exemplar. Terminado o curso concorreu a uma bolsa para continuar os estudos no estrangeiro. Apesar de todos lhe reconhecerem mérito a academia encarregue de atribuir os subsídios, negou-lhe sempre essa possibilidade. Sentindo-se preterido e frustrado no seu desejo de estudar junto dos grandes mestres, Malhoa abandonou a pintura e arranjou emprego de caixeiro. Seis meses depois, porém, aproveitando os seus tempos livres recomeçou a pintar.

O seu primeiro trabalho, enquanto artista, aconteceu com a pintura do tecto da sala de concertos do Conservatório Real de Lisboa. Mas logo se seguiram outros trabalhos, como o tecto da sala do Supremo Tribunal de Justiça de Lisboa, o tecto da sala de jantar do Palácio do Conde de Burnay e o tecto dos aposentos do Infante D. Afonso.

José Malhoa distinguiu-se na pintura histórica. Merecem destaque quadros como "O Último Interrogatório do Marquês de Pombal" e a "Partida de Vasco da Gama para a Índia". É autor de muitos retratos, entre os quais o do "rei D. Carlos", o do "Príncipe Luís Filipe", o de "D. Luísa de Almedina", o de "Isaac Abecassis". Foram, contudo, as paisagens que o tornaram famoso. Na sua maioria representando cenas rústicas, ou costumes pitorescos de aldeia.

Participou em várias exposições internacionais.

Foi académico de mérito da Academia de Belas-Artes, Cavaleiro de Cristo e Cavaleiro da Ordem de Malta.

Em 1906, no seu atelier, recebeu a visita do rei D. Carlos - também ele um artista - com o pretexto de avaliar os trabalhos destinados a uma exposição no Gabinete de Leitura do Rio de Janeiro.

José Malhoa morreu a 26 de Outubro de 1933.