segunda-feira, 24 de novembro de 2008

 

O MEMORIAL

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Christopher Isherwood foi professor de inglês em Berlim durante os anos de ascensão de Hitler ao poder.
Necessariamente influenciado pela realidade absurda e dolorosa do mundo em que então viveu, preferiu transmitir, sob forma romanceada, a que não não falta um certo humor negro, o sentido da consciência política de certas épocas históricas. É o que sucede em O Memorial, cuja acção decorre na Inglaterra dos anos vinte, com duas gerações - a mãe-viuva Lily e o filho Eric - à procura da melhor forma de sobrevivência num mundo em mudança. Ela continua apegada a um passado de amor romântico e de ordem social bem definidos; o filho, porém, deseja expiar a morte do pai trabalhando para um Clube de Jovens.
Nos seus caminhos cruzam-se com Edward, o melhor amigo do pai, morto na guerra, cuja pederastia é notória, e com Maurice, que, em Cambridge, se diverte com a morte.
A «enorme capacidade de sugestão estilística» do autor permiti-lhe reconstituir magistralmente uma época marcante na história do século XX.
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Autor: CHRISTOPHER ISHERWOOD
Título Original: THE MEMORIAL
Tradução: Maria do Rosário Sousa Guedes
Editora: Livros do Brasil
Nota do Editor: Venda Interdita na República Federativa do Brasil

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

 

VIRIATO

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Se a alma que sente e faz conhece
Só porque lembra o que esqueceu,
Vivemos, raça, porque houvesse
Memória em nós do instinto teu.
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Nação porque reincarnaste,
Povo porque ressuscitou
Ou tu, ou o de que eras a haste -
Assim se Portugal formou.
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Teu ser é como aquela fria
Luz que precede a madrugada,
E é já o ir a haver o dia
Na antemanhã, confuso nada.
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Autor: FERNANDO PESSOA
Do livro: MENSAGEM

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sábado, 15 de novembro de 2008

 

O CLUBE DE MOSCOVO

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Charlie Stone, um jovem rico e ambicioso, é um dos mais brilhantes analistas da CIA. A sua fama de prever os imprevisíveis caminhos do Kremlin já vinha de longe e, por isso, estava bem indicado para pôr termo a uma conspiração que começara a germinar numa remota casa de campo dos arrabaldes de Moscovo e num «santuário» perto de Washington.
Uma das suas tarefas fundamentais será encontrar uma mulher que ignora possuir um grande poder. Só graças a ela, aliás, será possível chegar à identidade do único homem que procura as rédeas do governo e que se sabe pertencer ao Politburo de Gorbatchev.
Mas quando Stone se acerca das raízes profundas da conspiração, descobre elementos que nem ele próprio previra e que o conduzem ao arquivo privado do seu padrinho, antigo confidente de Roosevelt, Truman e... Lenine.
Envolvido, assim, numa investigação muito pessoal, terá de disputar uma empolgante corrida contra o tempo, através da América e da Europa, antes de surgir o inesquecível desenlace.
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Autor: JOSEPH FINDER
Título: O CLUBE DE MOSCOVO
Editor: Livros do Brasil

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

 

VÍTOR EMANUEL III

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Filho do rei Humberto I, Vítor Emanuel nasceu em Nápoles, em 1869, ascendendo ao trono de Itália, em 1900, depois de seu pai ter sido assassinado por um anarquista.
No dia 28 de Outubro de 1922, quando cerca de 50.000 fascistas levaram a cabo a "Marcha de Roma", o monarca não resistiu à pressão e convidou Benito Mussolini a formar governo.
Favoreceu, deste modo, o regime fascista, que lhe retirou completamente o poder, ainda que o tenha proclamado imperador da Etiópia, em 1936, e rei da Albânia, em 1939.
De acordo com o Grande Concelho Fascista, em 1943, mandou prender Mussolini, mas não conseguiu obter o apoio dos partidos políticos.
Em 1946, abdicou em favor de seu filho, o príncipe de Piemonte, e abandonou a Itália, vindo a falecer, no ano seguinte, em Alexandria, no Egipto.

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sábado, 1 de novembro de 2008

 

NAZARÉ

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«Do Valado à Nazaré são seis quilómetros, quase sempre através do monótono pinheiral de El-Rei. É um majestoso templo que não acaba e onde a solidão se torna palpável entre os troncos cerrados e sob as copas espessas. Por fim o caminho desce, passando a Pedreneira, e avista-se lá em baixo a branca Nazaré e o mar apertado num vasto semicírculo de montes verdes, que mergulham no azul dos alicerces. Ao norte o panorama acaba de repente num paredão temeroso, que entra direito pelas águas e entaipa o céu. É um morro avermelhado e riscado, com vegetação pegajosa de urzes e de cardos e um penedo destacado na ponta - o bico do Guilhim. Lá em cima as paredes brancas duma aldeia árabe entre sebes de cactos hostis - o sítio. Pedaços de rochas salientes ameaçam desabar a toda a hora... »
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Extraído do livro: OS PESCADORES
Autor: RAUL BRANDÃO

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