segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

 

A PRAIA DO DESTINO

Autor: ANITA SHREVE
Título Original: FORTUNE'S ROCKS

Tema: Uma meditação sobre o erotismo feminino e os preconceitos sociais.

Olympia Biddeford é a filha única de um proeminente casal de Boston - uma jovem precoce a quem o pai afastou das instituições académicas com o objectivo de lhe garantir uma educação refinada e pouco convencional.
No verão de 1899, Olympia tem quinze anos e a sua vida está prestes a mudar para sempre. Cheia de ideias e entusiasmada com os primeiros arrebatamentos da maturidade, é admitida no círculo social do pai, que contempla artistas, escritores, advogados e, entre eles, John Haskell, um médico carismático. Entre ambos nasce uma impensável e arrebatadora paixão.
Sem ter em conta o sentido das conveniências ou da autopreservação, Olympia mergulha de cabeça numa relação cujos resultados serão catastróficos - John tem quarenta anos, é casado e pai de quatro filhos...

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sábado, 24 de fevereiro de 2007

 

A destruição de CARTAGO

Carta encontrada entre os papéis de Catão

"Minha muito querida esposa.
Talvez eu nunca vos chegue a enviar esta carta, mas escrevo-a para tranquilizar o meu espírito inquieto. Aqui tem sido um pandemónio, com os senadores a irem e a virem o dia inteiro, e ontem também, fechados juntamente com Catão, discutindo as coisas em voz abafada mas muito séria.
Catão acaba de sair. Vai estar ausente pelo menos um mês, disse, para tratar de assuntos dele. Mas quando ia a sair, chegou um correio. Ele leu o despacho. O conteúdo interessou-o grandemente e quando terminou ficou sentando, absorto, por algum tempo. Depois levantou-se para partir. O despacho estava em cima da mesa. A última coisa que fez foi atirá-lo para o braseiro, que ardia em fogo lento.
Talvez eu não devesse tê-lo retirado das chamas. Mas fi-lo e li-o antes de o repor no braseiro para ser queimado. Era de Mastanabaal. Grande Súfete de Cartago, para Catão, Flaco e o Senado de Roma. Insistia em que o incêndio de uma galera romana no porto de Siracusa não foi trabalho de mãos cartaginesas. Pedia permissão para que uma legação de Cartago viesse até Roma e garantia ao Senado e ao Povo que Cartago procura a paz, não a guerra.
Catão devia pelo menos deixar os colegas lerem isto.
Se eu falar, estarei desgraçado e vós também. Mas será esse o preço que tenho que pagar pela justiça? O que hei-de fazer?"
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Este texto, extraído do livro CARTAGO, escrito por Ross Leckie, não pode deixar de levantar algumas interrogações.
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Quantas guerras, onde se perderam milhares de vidas, se não forjaram a partir de ofensas simuladas?
Quantos conflitos poderiam ter sido evitados se a prepotência e ganância dos poderosos não recusasse a defesa aos mais fracos?

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

 

SINTRA - O refúgio de verão da realeza de Portugal

Lord Byron já tinha visto boa parte do continente quando, de Sintra, escreveu à sua mãe, considerando o lugar "talvez o mais encantador (vilarejo) da Europa".

Nos dias de hoje, o mesmo clima ameno e fresco e os mesmos jardins que transformaram essa localidade na residência de verão predilecta dos reis portugueses durante mais de 500 anos seguem oferecendo aos habitantes da cidade e aos turistas um abrigo contra o calor e a agitação de Lisboa. Seu ponto mais alto é ocupado pelas belíssimas ruínas de uma fortaleza árabe do século VIII, o Castelo dos Mouros, com uma fantástica vista para o mar.
Fique no seu próprio castelo hospedando-se no Palácio dos Seteais, uma romântica construcção do século XVIII erguida pelo cônsul holandês em Portugal, com vista para os vinhedos, os bosques alaranjados e o mar sob a névoa. As áreas comuns do hotel e alguns dos quartos mais antigos foram decorados com antiguidades: lustres de cristal e folheados a ouro dão o toque final a aposentos com pés-direitos altos, como o salão de baile. O nome do palácio é uma referência aos sete suspiros (sete "ais") que teriam sido dados ali na ocasião da assinatura de um tratado de paz durante as guerrs napoleónicas - reação imitada por muitos hóspedes de hoje, hipnotizados pelos encantos do lugar.

Texto extraído do livro: 1.000 LUGARES PARA CONHECER ANTES DE MORRER
Autor: PATRICIA SCHULTZ
Editora: SEXTANTE

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

 

ALMADA NEGREIROS

José Sobral de Almada Negreiros, poeta e pintor, nasceu em 7 de Abril de 1893, em São Tomé.
De 1900 a 1910 frequentou o Colégio de Jesuítas de Campolide e, seguidamente, estudou no liceu de Coimbra e na Escola Internacional de Lisboa.
Amigo de Fernando Pessoa de Mário de Sá Carneiro, rapidamente se destaca no vanguardismo literário e artístico português.
Almada Negreiros, para além da actividade no campo das letras, que vai da poesia ao teatro e à ficção, destaca-se também na pintura e nas artes plásticas.
São de sua autoria os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde de Óbidos, os quadros para «A Brasileira», no Chiado, bem como os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa.
Almada Negreiros faleceu em 15 de Junho de 1970.

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

 

SOMBRAS NO PARAISO

Autor: Erich Maria Remarque
Título Original: SCHATTEN IM PARADIES

Esta é a história do jornalista Robert Ross, que passou o fim da Segunda Guerra Mundial em Nova Iorque, tentanto encontrar na América um novo princípio de vida, após a sua fuga aos nazis. Ross não pode, porém, fugir ao seu passado e continua a ser um emigrante num mundo de emigrantes. Vive na sombra de um Paraíso.
A colocação que consegue, como angariador para um negociante de quadros, é provisória, e o seu amor por Natascha não tem futuro. Quando vai vender Renoirs e Manets a Hollywood, é contratado pelos produtores de filmes - ironia macabra do destino - como técnico em uniformes do Serviço Secreto Alemão. Após a capitulação, Ross regressa à Alemanha. Também ali, no entanto, permanece um expatriado, um estranho na sua própria pátria.
Remarque aborda, uma vez mais, como o fizera já em «O Arco do Triunfo», o tema da solidão como preço para os sobreviventes e a perseguição sofrida por todos aqueles que tiveram de fugir aos nazis.
É a sua própria vida, a que deu forma num grande romance, terno e comovente. O Terceiro Reich tinha expatriado Erich Maria Remarque. Tal como Ross, a figura central do seu romance, também ele viveu em Nova Iorque durante a Segunda Guerra Mundial.

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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

 

LUIS VAZ DE CAMÕES

NOTAS BIOGRÁFICAS

Filho de Simão Vaz e de Ana de Sá, ou Ana de Macedo - mulher nobre de Santarém.

Muito pouco se sabe sobre a vida do Poeta, votado ao ostracismo no seio da sociedade da época.
Os milhares de páginas escritas sobre o assunto, só provam a exiguidade dos dados realmente incontroversos.
Nem mesmo da data e o local do seu nascimento há certezas.
Uma de duas datas, 1517 ou 1525, parece ser a mais provável. A primeira por ser referida por Manuel Correia, seu contemporâneo e amigo, no comentário à edição de 1613 de Os Lusíadas. A segunda citada por Manuel de Faria e Sousa, baseado num registo da Casa da Índia.
Quanto aos locais, apontam-se entre outros, Lisboa, Coimbra, Santarém e Alenquer, ainda que seja a vila de Constança a reclamar o acontecimento.

Possuidor de elevada cultura desconhece-se onde terá estudado. Há quem defenda que terá sido aluno do Colégio da Ordem de São Domingos, mas há quem afirme que estudou na Universidade de Coimbra, onde Bento de Camões, seu familiar, foi figura importante, como chanceler. Porém, nos registos da Universidade não consta a sua matrícula.
Contudo, parece não restarem dúvidas de que conheceu e frequentou a cidade.

Como escudeiro, em Ceuta, perdeu o olho direito em combate, conforme relata Pedro de Moniz, seu primeiro biógrafo.

Em 1552, no dia do Corpo de Deus, numa escaramuça no Rossio, Lisboa, feriu Gonçalo Borges o que o levou à cadeia do Tronco. Perdoado pelo queixoso, sai, obtido o perdão real, para servir como soldado na Índia, onde escreveu grande parte da sua obra, nomeadamente Os Lusíadas.
Sabe-se que esteve no estreito de Meca, em Malaca, na China. Tem relações de amizade com Garcia de Orta e com Pêro de Magalhães de Gândavo.
Em 1567 está em Moçambique, levado pelo capitão Pêro Barreto. Diogo do Couto refere nessa altura que ele vivia tão pobre que «comia de amigos». E são esses amigos que subsidiam o seu regresso a Lisboa, onde terá aportado no dia 7 de Abril de 1570.

Só quando em Julho de 1572 D. Sebastião lhe outorga uma tença de 15.000 reis, pela publicação de Os Lusíadas, se volta a ter notícias dele. É desse privilégio régio que viverá modestamente até ao fim dos seus dias, em 1580.

Um dedo de censura parece ter-se esforçado por eliminar toda a sua história, mas a tradição, foi-lhe, paço a paço, compondo o perfil sublime.

Além da sua maior obra, Os Lusíadas, verdadeira Bíblia Pátria, Camões escreveu também três autos: Auto dos Enfatriões, El-Rei Seleuco e Filodemo. A sua obra, que não se esgota aqui, ficou, contudo, amputada com o roubo, em Moçambique, do seu Parnaso Lusitano, segundo o seu discípulo confesso Fernão Rodrigues Lobo Soropita que, quinze anos após a morte do POETA, publicou a primeira edição das Líricas.

(Fonte: Dicionário Enciclopédico da História de Portugal)

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