terça-feira, 2 de junho de 2009
ABANDONO
.
Cai a chuva, forte, fria
E ao romper a madrugada
Surge, à luz do novo dia,
A criança abandonada.
.
O farrapo que lhe cobre
O corpinho, emagrecido,
Não servia a outro pobre,
De tão velho, tão puído.
.
Sem amor de pai e mãe,
Sem cuidados, sem carinho,
Sem destino, nem caminho.
.
Que futuro espera alguém
Tão pequeno e tão sozinho,
Co' o descaso por vizinho?
.
Vítor Cintra
Cai a chuva, forte, fria
E ao romper a madrugada
Surge, à luz do novo dia,
A criança abandonada.
.
O farrapo que lhe cobre
O corpinho, emagrecido,
Não servia a outro pobre,
De tão velho, tão puído.
.
Sem amor de pai e mãe,
Sem cuidados, sem carinho,
Sem destino, nem caminho.
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Que futuro espera alguém
Tão pequeno e tão sozinho,
Co' o descaso por vizinho?
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Vítor Cintra
* * * * *
A escolha deste poema, extraído do livro «Pedaços do Meu Sentir», é a minha forma de homenagear o poeta, seu autor, e de lhe manifestar o meu apoio e a minha admiração pelas posições de indignação, que assume e nos dá a conhecer em Um Poema de Vez em Quando, perante a incompetência, a irresponsabilidade e a indignidade da Justiça, em Portugal.
Etiquetas: Poemas
Comentários:
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Não tenho palavras pra comentar Vitor Cintra! Li e reli "Pedaços do meu sentir" e qualquer coisa que eu diga, não define a grandeza desse sentir do Vitor!
Um beijo
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Um beijo
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