domingo, 28 de setembro de 2008
MENINO E MOÇO
.
Tombou da haste a flor da minha infância alada,
Murchou na jarra de oiro o público jasmim:
Voou aos altos Céus a pomba enamorada
Que dantes estendia as asas sobre mim.
.
Julguei que fosse eterna a luz dessa alvorada,
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada,
Num castelo de prata embutido a marfim!
.
Mas hoje, as pombas de oiro, aves da minha infância,
Que me enchiam de Lua o coração, outrora,
Partiram e no Céu evolam-se, a distância!
.
Debalde clamo e choro, erguendo aos Céus meus ais:
Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,
Elas, porém, Senhor! elas não voltam mais...
.
Autor: ANTÓNIO NOBRE
Do livro: SÓ
Editora: Editorial Nova Ática
Tombou da haste a flor da minha infância alada,
Murchou na jarra de oiro o público jasmim:
Voou aos altos Céus a pomba enamorada
Que dantes estendia as asas sobre mim.
.
Julguei que fosse eterna a luz dessa alvorada,
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada,
Num castelo de prata embutido a marfim!
.
Mas hoje, as pombas de oiro, aves da minha infância,
Que me enchiam de Lua o coração, outrora,
Partiram e no Céu evolam-se, a distância!
.
Debalde clamo e choro, erguendo aos Céus meus ais:
Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,
Elas, porém, Senhor! elas não voltam mais...
.
Autor: ANTÓNIO NOBRE
Do livro: SÓ
Editora: Editorial Nova Ática
Etiquetas: Poemas
Comentários:
<< Página inicial
...
Obrigado amigo, pelas tuas palavras de felicitações.
Belo soneto, este, de António Nobre. Parabens!
Um abraço
Enviar um comentário
Obrigado amigo, pelas tuas palavras de felicitações.
Belo soneto, este, de António Nobre. Parabens!
Um abraço
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial
Subscrever Mensagens [Atom]