quarta-feira, 5 de setembro de 2007

 

SARAJEVO

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A Europa descobriu, de forma violenta, que a guerra não era um fenómeno só reservado a outras paragens, na década de 90. Desde a II Guerra Mundial que o Velho Continente não sentia o troar dos canhões. Foi preciso que a Jugoslávia começasse a desintegrar-se, uma dezena de anos após a morte do seu líder histórico, o marechal Tito.
Com as cisões a surgir em quase todas as repúblicas do país balcânico, a Sérvia não se mostrou disposta a aceitar que os povos vizinhos seguissem o seu caminho e os conflitos eclodiram um pouco por toda a parte. Primeiro foi a Eslovénia e depois a Croácia a terem que enfrentar o Exército federal e as milícias das comunidades sérvias locais. Aí os conflitos fizeram muitos mortos, mas nada que se comparasse com o que veio a ocorrer, entre 1992 e 1995, na Bósnia-Herzegovina. A crueldade humana recordou que o nazismo e o seu cortejo de horrores podiam repetir-se. O Homem continuava mau e perverso, capaz de cometer todo o tipo de atrocidades ao seu semelhante. Mesmo na civilizada e desenvolvida Velha Europa.
Entre os muitos palcos que presenciaram torturas, violações, limpezas étnicas e campos de concentração, Sarajevo, onde uma batalha e um longo cerco fizeram história, foi o marco mais importante. Doze mil pessoas perderam a vida (entre os quais mais de mil crianças) e a matança generalizada só terminou porque a comunidade internacional, depois de um longo período de indesculpável imparcialidade, resolveu intervir.
(...)

Do livro: SARAJEVO
Colecção: Grandes Batalhas da História Universal
Obra Organizada e dirigida por: QuidNovis

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Comentários:
"Doze mil pessoas perderam a vida (entre os quais mais de mil crianças)"
A morte violenta de qualqer ser humano é chocante, mas quando se trata de criança, fica ainda mais difícil aceitar...

Um abraço
 
este é um tema que me arrepia e me deixa revoltada ...

beijinhos e tem um bom fim de semana
 
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